segunda-feira, 16 de junho de 2008

Adios, papito...

Eu,Pisciana de nascimento e marciana por adoção,Portadora dos defeitos mais imperdoáveis,E dona de virtudes questionáveis.Eu,Cidadã da terra e do mundo,filha do questionamento, irmã da curiosidade,tendo por prima a insegurança.Eu,Dona de olhos que enxergam mais do que deveriame de um coração que sente bem mais do que gostaria.Eu,Andarilha errante, Passageira clandestina,Mulher menina.Eu,Que errei muito mais que acerteiQue muitas vezes meti os pés pelas mãos,Que disse o que jamais deveria ser dito,e calei a palavra necessária.Eu,Feliz proprietária de um barraco de sonhoscom pretensões de transformar-se um dia em castelo,Vizinha da euforia, Inquilina da tristeza.Eu,Que nada mais quis além de um pequeno pedaço de vidaOnde pudesse cultivar algumas porções de felicidade, e que,Despreparada,semeei a terra infértil.Eu,Que sem ser Amélia nunca tive vaidade,Que sem ser Tereza Batista, cansei-me de guerra.Eu,Sobrevivente do meu próprio holocausto,Heróina desbravadora de minhas próprias estepes.Eu,Que escrevo com esperança de chegar a ser.O quê, ou quem, nem eu mesma sei.Eu,que amo e ainda continuarei a amar, mesmo que me doam todosos pedacinhos de mim.Eu,tantas vezes mal-compreendida...Eu,Imbuída de um sentimento renovador,Tomada pelo espírito de liberdade,Declaro tempos de mudanças:Instituo novos termos de responsabilidade.Crio uma nova regra:NÃO HAVERÃO REGRAS!Firmo meu termo de compromisso.Com testemunhas.De fato e de direito.Assinado,Jana Fiúza