domingo, 4 de novembro de 2007

Janaína e os cigarros


Você já teve uma coisa muito importante e a perdeu? Acontece sempre, aconteceu comigo...

Eu me dei com todo amor e com o maior dos altruísmos, mas foi insuficiente. E sabe porque? Porque é complicado namorar alguém que no fim das contas está namorando apenas consigo mesmo.

Por essa pessoa, eu perdi as margaritas no El Pancho; as sinucas no Snooker; o jeito engraçado da Ju dançar música eletrônica nas Raves; pegar um rango com o Vinícius no Batataz; as horas intermináveis de conversa maluca com o Tiago; o futebol com o Pantico; as farras homéricas com a Eucinelly; as noites intermináveis de vodca e amizade com o Samuel; passar o fim de semana na praia com o Pizza; dançar forró com o Leonardo (ah, ninguém dança igual); encher a cara de chopp com o Renato no shopping; tardes sem fim com as meninas comprando sapato; e claro, dentre mais um milhão de coisas que eu podia citar aqui, perdi o direito de fumar cigarros.

Abandonei um hábito de dez anos por uma paixão de 21. Nada mais natural do que, uma vez que a paixão de 21 me deixou por uma prostituta africana, o hábito retornasse ao seu local de origem. Ah, mas eu não tinha esse direito... a única coisa que eu posso é ser ferida, magoar a mim não é permitido.

Só que ele esqueceu de um dos muitos conselhos pequeninos que eu lhe dei (é, de graça... totally for free): A GENTE NÃO DEVE FERIR QUEM NÃO PODEMOS MATAR.

Então, repensando todas as minhas perdas, me dei conta de duas verdades (no meio de tantas mentiras):

- Tudo que ele deu, foi a si mesmo e á ninguém mais.

- Eu achei que podia perder todas essas coisas e seguir em frente. Mas eu não percebi que perder tudo isso foi perder a mim mesma.

Convicta, sai á minha própria caça e me encontrei com meus amigos loucos. Essa sim, sou eu. A Janaína de verdade....

Você já teve uma coisa muito importante e a perdeu? Acontece sempre, aconteceu comigo... Mas já estou tentando me encontrar.